O instituto americano do medicamento (FDA) aprovou em 2013 a comercialização de um novo fármaco: a alogliptina.
Este fármaco será comercializado de forma isolada e associado à metformina e à proglitazona.
A alogliptina integra o grupo farmacológico dos "Inibidores da DPP 4"; deste grupo existem em Portugal, a sitagliptina, a vildagliptina e a saxagliptina; a linagliptina aguarda aprovação ( e comparticipação !).
A sitagliptina, a vildagliptina e a linaglitina são comercializados isoladamente e em associação à metformina.
A alogliptina será o primeiro a associar-se (num mesmo comprimido) à pioglitazona.
O grupo dos "inibidores da DPP 4" é geralmente (muito) bem tolerado e o seu aparecimento representou um forte incremento no controlo dos diabéticos tipo 2.
Foi apresentado, pela Associação Americana dos Endocrinologistas Clínicos, um estudo com cerca de 130.000 diabéticos tipo 2 submetidos a colonoscopia.
O exame revelou que os doentes medicados com METFORMINA e glitazonas (PIOGLITAZONA) apresentavam menos pólipos que os doentes medicados com outras substâncias.
provavelmente trata-se de um achado, já que não são conhecidas razões explicativas para o sucedido.
Contudo existem diversos estudos que suspeitam das propriedades anti-cancerosas da METFORMINA.
Em Portugal, no primeiro semestre de 2011, a metformina encontra-se comercializada com os seguintes nomes comerciais:
Metformina, Stagid, Glucophage, Risidon, Glucovance, Competact, Glubrava, Eucreas, Zomarist, Icandra, Janumet, Efficib, Velmetia.
Esta foi a questão colocada por um leitor deste blog.
E a resposta é:
1) o que baixar a glicemia do doente
2) o que seja tolerado pelo doente
3) o que melhore a insulinoresistência (diabéticos tipo 2)
4) a insulina ! (nos diabéticos tipo 1)
5) o que não interfira com a função renal (caso o doente seja insuficiente renal)
Assim temos:
1º Alimentação fraccionada com grande restrição de açúcares, gordura e sal
1º Exercício físico moderado e regular (por exemplo: andar 6 km em 1 hora)
3º Fármacos (Medicamentos): a serem avaliados de acordo com cada doente.
A doença é tão velha quanto a existência do Homem. Antigamente, para curar os males, procurava-se o curandeiro ou o bruxo. Estes, por entre rezas e mesinhas, utilizavam algumas plantas, com reconhecido efeito embora deficitário, para socorrerem os pacientes. A Ciência ultrapassou este conhecimento secular pouco (ou nada) fundamentado. A Ciência e o Conhecimento permitiram (permitem !) inventar substâncias cujo mecanismo de acção interfere no nosso organismo, fintando a "deficiência" que provoca a doença. Os mais antigos recordam-se, certamente, no que resultou a descoberta da Penicilina ou da Insulina: milhares de vidas resgatadas à morte iminente. Mas, como diz o povo, não há bela sem senão. O medicamento é constituído pela substância activa (fármaco) e outras substãncias em quantidades muito inferiores (as substâncias excipientes). Quer umas quer outras são substâncias químicas, estranhas ao organismo...MAS QUE O VÃO PROTEGER DE UMA AGRESSÃO (que provoca a maleita ou a doença) E O SALVAM. Assim é natural que alguns organismos reajam a essas mesmas substâncias, sendo natural que o façam de maneira diferente. Quantos de vós tomam o mesmo medicamento do vizinho e podem, eventualmente, reagir de maneira diferente? Como querem que o vosso médico saiba como vão reagir a um medicamento que nunca tomaram? (O que o vosso médico sabe é que perante aquela doença, aquela situação, aquele medicamento mostrou ser proveitoso.) Os "papelinhos" que acompanham cada medicamento dizem-nos para que serve, em que dose deve ser tomado, as precauções a ter, etc. Os medicamentos, antes de serem postos à venda, foram testados em milhares de pessoas. Todos os efeitos (por exemplo: dores de cabeça, comichão, queda de cabelo, insónias) referidos por essas pessoas e eventualmente associados ao medicamento, são contabilizados e referidos nesses "papelinhos" pelo laboratório que comercializa o dito medicamento. Estes são os ditos efeitos secundários. Quem se preocupa com uma comichão na orelha ou com uma esporádica diarreia de um medicamento que nos normaliza a tensão arterial ou nos baixa os valores de açúcar no sangue, se esse medicamento evita que tenhamos um enfarte do coração ou uma trombose cerebral (AVC)? Contudo há efeitos secundários muito limitativos e que nos impedem de continuar a tomar o medicamento. Nesta situação devemos recorrer ao nosso médico para que seja ele a encontrar o substituto. Outra situação, descrita nos "papelinhos" que acompanham os medicamentos são as contra-indicações que muitos confundem com os efeitos secundários. As contra-indicações são situações conhecidas nas quais o medicamento em questão (mais propriamente a substância principal do medicamento) tem o seu uso proibido ou administrado com muita precaução quando existe determinada (outra) situação. Por exemplo, um diabético com insuficiência renal moderada a grave NÃO pode tomar a substância metformina porque, nessa situação, essa substância vai fazer mais mal que bem, ou seja é pior a emenda que o soneto.
Nunca percebi porque alguns doentes têm uma preocupação em sublinhar alguns efeitos secundários e não outros...porque uns percebem o que quer dizer e outros não? Muitos vezes, esses efeitos aconteceram numa pessoa em 1 milhão (ou mais) que também tomaram aquele medicamento.
Por último, deixo-vos um conselho: antes de lerem os efeitos secundários referidos nos "papelinhos", leiam as INDICAÇÕES do medicamento. Pesem os prós e os contras. Mas se defacto alguma coisa vos perturba ou incomóda desde que iniciaram a toma de medicamento NÃO HESITEM em contactar o vosso médico. É que não há bela sem senão...
Boa Saúde. João Vilela Gonçalves
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